HORMÔNIO BOM OU RUIM? DEPENDE DO CONTEXTO! (DUDU)

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HORMÔNIO BOM OU RUIM? DEPENDE DO CONTEXTO!

Os efeitos dos hormônios no nosso organismo dependem não só de suas concentrações plasmáticas no sangue, como também da sensibilidade dos nossos receptores a esses hormônios e de um equilíbrio hormonal entre eles.
Cortisol elevado pode ser característico de um treinamento intenso, e é necessário para os processos de reparação tecidual. (inibindo a resposta inflamatória à lesão tecidual). Também necessário para controle da glicemia e potencializador da lipólise durante o exercício. Pequenas quantidades de glicocorticóides (cortisol) devem estar presentes para que um número de reações metabólicas ocorra, embora os glicocorticóides não produzam as reações por si mesmos. Este efeito é chamado de “ação permissiva”. Dificilmente o cortisol estimulado pelo treinamento vai prejudicar seu físico e sim o cortisol estimulados por situações de stress emocional ou físico, como cansaço, stress por seguir uma dieta rigorosa, relações sociais conflitantes. Nessas situações cortisol pode interferir negativamente nos seus ganhos, já que é um hormônio que estimula a degradação proteica e pode levar ao acúmulo de gordura, principalmente abdominal.

A insulina é outro hormônio que apresenta uma resposta diferenciada, em partes determinada geneticamente. Pessoas mais resistentes à insulina acabam acumulando mais gordura com uma alimentação rica em carboidratos, principalmente refinados e de índice glicêmico e carga glicêmica elevados, e/ou também carboidratos com grande quantidade de frutose (açúcar). Pessoas mais sensíveis à insulina respondem melhor aos carboidratos da dieta e possuem maior facilidade de ganho de massa muscular sem ganho de gordura. O treinamento resistido e aeróbico aumentam a sensibilidade periférica à insulina, assim como uma dieta restrita em carboidratos.

Altos níveis de testosterona não significam necessariamente uma boa resposta a esse hormônio, e existe uma grande variabilidade dos efeitos de androgênios nas pessoas, e isso depende da sensibilidade do receptor androgênico em tecidos específicos. Algumas pessoas são mais sensíveis aos efeitos androgênicos/virilizantes, e acabam sofrendo com acne, queda de cabelo, ginecomastia, hirsutismo, virilização, enquanto outras, abençoadas geneticamente, são muito sensíveis aos efeitos anabólicos da testosterona no músculo esquelético, muitas vezes sofrendo pouco ou nada com seus colaterais.



O hormônio do crescimento (GH) é outro hormônio que pode causar muitos problemas em pessoas com deficiência
ou hipersecreção do hormônio, mas em pessoas saudáveis em geral não parece causar tanto impacto no físico, em uma rotina normal. O fato é que o exercício de alta intensidade e o sono são os mais poderosos liberadores de GH, e os principais benefícios são o aumento da lipólise, da síntese proteica e controle da glicemia. O cortisol elevado inibe a secreção de GH, e o abuso do uso exógeno de GH aumenta a resistência à insulina.

Os estrogênios (estradiol, estrona, estriol) e a progesterona são os principais hormônios responsáveis por diferenciar as mulheres dos homens, sendo o estradiol o estrogênio de maior potência biológica. O estrogênio é responsável pela textura da pele feminina e pela distribuição de gordura, que nas mulheres costuma ser maior nas coxas, no quadril e nos seios. Sua falta causa a diminuição do brilho da pele e uma redistribuição de gordura corporal para partes caracteristicamente mais masculinas, ou seja, na barriga. Nos homens estrogênios também influenciam humor e atividade sexual, no entanto níveis elevados podem reduzir a produção de testosterona e aumentar gordura corporal. Homens mais velhos e/ou obesos apresentam reduções nos níveis de testosterona (T), e maiores níveis de estradiol (E2). Essa redução na relação T/E2 potencializa o ganho de gordura (principalmente abdominal), além de possível perda de massa magra com a idade. Os níveis de estradiol (o estrogênio com maior potência biológica) são altamente significativamente positivamente relacionados com a massa de gordura corporal e, mais especificamente, a gordura abdominal subcutânea, mas não a gordura visceral (omental). A sensibilidade dos receptores a esse hormônio também é muito importante para determinar seus efeitos benéficos e maléficos em homens e mulheres.

Esses são apenas alguns exemplos de como o contexto fisiológico é mais determinante para caracterizar os efeitos benéficos e maléficos dos hormônios, e não simplesmente olhar para suas concentrações plasmáticas. Nesse ponto, genética (sensibilidade dos receptores aos hormônios), descanso, treinamento e dieta, são fatores fundamentais para potencializar os efeitos benéficos de muitos hormônios, principalmente cortisol, insulina e GH. Não existe hormônio vilão, apenas má interpretação dos efeitos desse hormônio no organismo sem considerar o contexto.



abraços, dudu haluch




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