Esteroides: genética, low doses, estrogênio…

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– a resposta aos esteroides anabolizantes depende da genética do indivíduo, boa sensibilidade dos receptores;

– ter altos níveis de testosterona NATURAL não significa ter boa resposta aos esteroides;

– low doses é um conceito muito relativo, mas quando utilizei pela primeira vez eu estava falando em doses na faixa de 200-300mg semana de andrógenos. Algo como 30 mg dia de dianabol ou estanozolol. Isso não vai te dar nenhum resultado absurdo, mas ganhos modestos e uma recuperação rápida do eixo HPT (se usou esteroides de MV curta);

– resultados dependem da dose, então não adianta achar que vai ter uma evolução contínua usando protocolos de low doses. Toda dose te coloca dentro de um determinado potencial. Assim como temos um potencial genético natural máximo, temos um potencial máximo para qualquer dose;



– se quase ninguém atinge o potencial genético máximo natural, é muito mais difícil explorar esse potencial com doses de 1-2 g de esteroides. Quase todo abuser de hoje não explora seu potencial com doses menores, pois as doses elevadas não são condizentes com o físico apresentado (2-4g semana);

– um shape de competição pode ser atingido com low doses se o indivíduo tem “top genética”, uma minoria de naturais. Mas grande parte dos homens pode atingir um físico de competição com doses perto de 1g semana de andrógenos. O próprio gh15 já falava em doses assim para competir em estaduais e não duvide que que alguns campeões nacionais (clássicos, mens physique, 65-85kg) usam doses assim, mesmo sem GH;

– só um leigo e ignorante acredita que GH é um hormônio milagroso. O potencial do GH depende de sua sinergia com esteroides e insulina e esse potencial é dose dependente. GH usado isoladamente e em um físico ruim é um desperdício de dinheiro, uma grande burrice;



– só um leigo acredita que um físico de alto nível precisa sempre de trembolona. Existem atletas de alto nível que simplesmente não se dão bem com tren, devido aos seus colaterais agressivos;

– quando se usa esteroides em doses suprafisiológicas não existe uso 100% seguro, mesmo low doses. Os riscos dependem da dose, da resposta do indivíduo, das drogas escolhidas. É prudente evitar uso crônico de trembolona e esteroides 17aa quando se trata de longevidade no esporte;

– todo usuário de esteroides deveria priorizar um acompanhamento médico e exames básicos (os mais comumente alterados) deveriam ser feitos com rotina em quem mantém o uso;



– ter estrogênio (estradiol) alto não necessariamente vai atrapalhar na perda de gordura ou aumentar retenção de água. Esse tipo de efeito depende muito da genética do indivíduo, sua sensibilidade ao estrogênio. Alguns esteroides aromatizam pouco (menos que testosterona) ou nada e causam muita retenção (nandrolona e hemogenin);

esteroides podem ajudar na perda de gordura, mas isso depende da genética do indivíduo. Alguns respondem bem a esse efeito termogênico, outros não. Em mulheres isso fica mais evidente. Muitas mulheres não respondem bem ao efeito termogênico do esteroides, porque eles aumentam a resistência à insulina (como na SOP). Copiar o ciclo da amiga atleta de boa genética não vai dar certo na maioria das vezes;

– inibir o estrogênio da mulher em um ciclo de esteroides geralmente é burrice e trás mais malefícios que benefícios. Dificilmente vai ajudá-la a perder mais gordura e tende a potencializar virilização dos esteroides anabolizantes;



– todos os esteroides androgênicos reduzem shbg. Você não precisa usar estanozolol ou proviron para isso. Também não significa que só testosterona livre tem atividade biológica, já que a fração da testosterona liga à albumina tem uma ligação fraca e pode ter atividade biológica também;

– se você tem medo de uma simples ginecomastia e tem dúvidas de como resolver esse simples colateral deveria ficar longe de esteroides.

Dudu Haluch




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