Seu uso de hormônios deve ser coerente com sua estrutura e o quanto vc come, então não faz sentido abusar quando não se tem muitos músculos. Claro que usando doses altas vc tem grandes ganhos no início, e isso aumenta proliferação de receptores androgênicos no músculo,mas também perde a sensibilidade do receptor mais rapidamente (taquifilaxia), e isso faz com que os ganhos estagnem mais rapidamente, com o agravante de um crash hormonal mais violento ao interromper o ciclo e maiores colaterais também. Fisiculturismo exige paciência, evolução rápida depende de boa resposta genética.
O mesmo para aqueles que acham que para estarem mais secos precisam aumentar as doses de androgênios enquanto estão em uma dieta muito restrita, nada mais equivocado. Esteroides precisam de substrato energético para fazer síntese proteica, e isso será limitado mesmo com proteína elevada, se os estoques de carboidratos são muito baixos, porque a degradação de proteínas também é elevada sem carboidratos na dieta (efeito poupador de proteína dos carboidratos).
Se você está em um déficit calórico muito elevado naturalmente potencializa vias de degradação (catabolismo), não só das gorduras, como das proteínas também. Então vc eleva as doses e não obtém a resposta desejada simplesmente porque não tem nutrientes suficiente para seu corpo utilizar, e mesmo com objetivo de queimar gordura vc tem uma limitação porque a falta de carboidratos reduz a velocidade com que seu corpo queima gordura (baixa disponibilidade de oxaloacetato no ciclo de Krebs). Lembrando também que a restrição calórica e os baixos níveis de carboidratos reduzem a taxa metabólica (redução dos níveis de T3), reduzindo anabolismo e queima de gordura.
Aí vc pode alegar que o uso de termogênicos e hormônios da tireoide podem compensar essa queda da taxa metabólica, elevando-a artificialmente, mas isso também tem limite e pode aumentar o catabolismo pela maior degradação de proteínas. Lembrando que estou considerando aqui que você só quer um benefício passageiro, pois logicamente não conseguirá consolidar resultados obtidos com atitudes extremistas, a menos que permaneça em constante abuso, comprometendo ainda mais sua saúde.
Agora, voltando ao ponto de quebrar platô, vc poderia pensar no uso de peptídeos, e o GH não tem uma adoração por fisiculturistas por mero acaso, embora a maioria não entenda a razão dele ser tão eficaz nesse contexto, como também é em quem tem deficiência natural de hormônio do crescimento. Muitos podem alegar que os estudos com GH mostraram baixa eficácia na perda de gordura e ganho de massa magra em indivíduos saudáveis sem deficiência do hormônio, mas o ponto é que o o hormônio do crescimento atua por mecanismos de ação diferenciado dos androgênios (receptores de membrana, assim como insulina e IGF-1, enquanto esteroides ligados ao receptor androgênico atuam no núcleo da célula, via transcrição gênica). Então aquele resto de gordura que falta para vc atingir a excelência no físico pode ser resolvida com o GH, por um efeito sinérgico com esteroides (aumento de IGF-1 e da atividade lipolítica), e isso sem aumentar degradação de proteínas. Claro que estou falando de uma faixa de otimização do uso das coisas (o contexto onde elas funcionam bem), e obviamente usar GH num shape medíocre será um desperdício de dinheiro, porque não existe otimização quando o principal não está sendo bem feito.
“E como vou saber se estou usando o que preciso?”
Nivela por baixo, tenha certeza que começando por cima vc nunca vai saber, e na verdade tem q ter muito conhecimento e experiência pra saber isso. A maioria sempre vai querer abusar, tem vários coachs e atletas q fazem isso também sem necessidade. É só pensar o quanto seu corpo produz, essa é a referência inferior.
abraços, dudu haluch
